Seguindo a temática "guia-para-marinheiros-de primeira-viagem" que o blog adota, faço este post para quem nunca se casou, mas o texto também é para todos os amigos que ficaram do meu lado, perguntando se eu estava nervoso, imaginando o que eu estava sentindo.
A primeira coisa que vem à mente agora (escrevo este post logo na manhã seguinte) agora é que tudo passa rápido demais, então é bom aproveitar todos os detalhes. As horas até o casamento são mais curtas, a cerimônia passa voando, e festa acaba antes do que você gostaria.
No meu caso, as coisas foram ainda mais rápidas por causa do esquema secreto que montei para cortar o cabelo. Tive que ir para a casa da Aline (uma das madrinhas) e combinar isso com os fotógrafos (aliás, que casal simpático!) sem que ninguém da família soubesse.
Apenas o Black (Adriano, o padrinho que fez o discurso) sabia, mas isso era porque ele é que iria cortar meu cabelo.
Depois disso, fui rapidinho para Santa Teresa, para me arrumar. Quando olhei, já eram quase 16h, e saí do camarim para curtir o local. Essa parte é muito legal. Você cumprimenta os amigos, vê gente que nunca tinha visto de terno, e vê as amigas com vestidos lindos (Bia, Ana Cláudia, Aline, Lívia-Rosa-Seco, etc. - estavam todas gatíssimas) e decotões (que eu só olhei antes de colocar a aliança, viu, Ana?).
Todo mundo pergunta se você está nervoso, ansioso, dá abraços, parabeniza, etc. São minutos que voam, mas são momentos bem legais para curtir o lugar e ver as pessoas. Ainda acabei conhecendo pessoas bem legais. Uns eram convidados da Pilar, outros amigos de amigos meus. A Graziella, namorada do Fabrizio, por exemplo, é um amor de menina. Pilar e eu a adoramos. Muito fofa! Ela é um ace, Fabrizio!
Aí chega a noiva e a ansiedade vai lá pro alto! Quem estava perto de mim viu que eu fiquei tentando ver a Pilar descendo do carro do pai dela. O vidro escuro não deixou eu enxergar nada, e a expectativa continuava subindo. Enquanto isso, os padrinhos entram e você fica ali, quase sozinho, morrendo de ansiedade.
A caminhada até o altar foi um barato. Todo mundo sorria para mim, várias máquinas fotográficas clicando (Assafinho bombando!), os padrinhos sorridentes. Não fez lá tanta diferença o DJ ter errado a minha música. É um momento especial, bem bacana mesmo. E bem difícil de descrever.
Para os convidados, fotógrafos e especialmente para as mulheres, o clímax é sempre a entrada da noiva. O que eu não imaginava (até porque nunca tinha ido a um casamento) é que este momento é o mais emocionante até para o noivo. Você fica ali parado, vendo a mulher da sua vida andando em sua direção, mais linda do que nunca, pronta para dizer que vai ficar ao seu lado para sempre. Não tem mesmo como descrever. É muito forte.
Duro foi me controlar. Queria pular os discursos, trocar logo as alianças, dar um beijo, dizer "te amo", dar logo um abraço apertado e carregar a Pilar logo para a festa.
Enfim, se você é o noivo e está planejando a festa, prepare o coração para horas inesquecíveis. Eu, que fiz um esforço danado para não chorar, deixei escapar umas lágrimas um par de vezes. Mas é o dia do seu casamento. Pode tudo.