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sábado, 29 de setembro de 2007

Custos x bom-gosto

Deus! Como casar custa caro! Pelo menos para mim que sou mega exigente. Fui na Expo Noivas, nesse centro de conveções novo, na Cidade Nova, e não encontrei muita coisa que me encantasse. Para falar a verdade, achei tudo muito brega: fotos caretas, vestidos piegas e um monte de cantores de churrascaria. Morri de pena dos expositores porque acho que alguém deveria dar um toque neles, dizer que a década perdida já acabou. Foi embora levando a moda dos canudilhos e lantejoulas, dos álbuns cheios de pose, das cadeiras vestidas de fantasminhas, mesas com toalhas bufantes e canapés de pão de forma.

Quase me emocionei quando vi que as pessoas se amontoavam para ganhar um liquidificador de presente de enxoval. Pior foi quando vi uma urna cheia de cupons para sortear o aluguel de 6 horas de um Honda Civic 2006, para levar e buscar a noiva na Igreja. Muito triste!... Se ainda fosse um X-Type 2006... Não estou sendo esnobe não, mas acho que podemos ser pobres e termos bom gosto. Querer ser chique sem poder é forçar muita barra e fazer o tiro sair pela culatra. Penso que a humildade está na moda desde que Jesus nasceu numa manjedoura. Se o dinheiro falta, o bom gosto não. O romantismo não está na ostentação e sim na simplicidade. É claro que um Audi TT, uma garrafa de Chardonnay e a melhor suíte do Ritz, Paris, são altamente sedutores. Ainda mais se a companhia para o programa usa Armani, sapatos Berlutti, óculos Gucci, colônia Dior e ser heterosexual. Ainda assim, faltaria essência e portanto, não seria verdadeiramente romântico: seria apenas.... ideal.

Simples e romântico era o Shrek, que mesmo sendo verde, fedorento e gordo, encantou todo mundo porque era verdadeiro, simples e inteligente. Deixo claro que Shrek não é o noivo e sim o fornecimento!!!! Estamos longe de ser ogros!!! Imbuida, porém, desse espírito simplório, estou buscando fornecedores humildes e cativantes. No final, espero que a festa seja animada, regada a alegria e muito bonita.


FOTÓGRAFOS

Klacius (http://www.klacius.com/) - Amei o trabalho dele. Ele mistura poucas poses essenciais num álbum, com arte e cliques de detalhes interessantes que acabam passando despercebidos na festa. Ele faz lindas fotos de um jeito bem especial de fotografar. Cheio de estilo! Fez o casamento da Vanessa Lóes com o Thiago Lacerda. Infelizmente, creio que está fora do meu orçamento.... <:(

Aszmann - O trabalho é bom, mas tradicional demais. Muita arte, por certo, porém uma criatividade que não me despertou atenção. A família inteira é tão badalada que até a Globo News fez reportagem com eles. Fotografaram o casamento da Daniela Sarahyba e o preço foi o melhor. Quem sabe o problema do Aszmann foi os noivos serem todos iguais?!

Renata Xavier (http://www.renataxavier.com.br/) - Eu me emocionei profundamente com o trabalho dela. Ela segue a mesma linha do Klacius, mas utiliza um aparato maior para fotografar, como por exemplo, fresnel. É uma luz especial, usada em filmes para dar luz natural ao ambiente e noção de profundidade nas imagens. Seus slides shows me roubaram uma ou duas lágrimas. Os álbuns são lindos, diferentes um do outro, possuem a cara dos noivos e mega românticos. Pena ela cobrar tão caro!!!! Mas é porque ela trabalha com o marido, que também é fotógrafo e faz o making do noivo também!! Ai dinheiro....

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Buffet da D. Noca

No sábado, chamei a família para degustar o primeiro buffet. O escolhido foi o Mr. Gula, da D. Noca, uma senhora lá de Jacarepaguá, bastante conhecida no meio artístico. O local da degustação era no Alto da Boa Vista, numa casa de festa nova, chamada Costa do Sol. Chegamos por volta das 18h. A casa estava em arrumação para um casamento. Enquanto acertavam bainha de toalhas, faziam teste de luz e distribuiam os arranjos florais, nós aguardávamos na varanda o garçom com as bandejas cheias dos quitutes.

Infelizmente, a festa que D. Noca falou para irmos não tinha nada a ver com uma própria de moi. Os noivos desta escolheram crepes e salgadinhos. Haveria 380 pessoas e um bolo minúsculo para cerca de 200, bem no meio da pista de dança. Definitivamente, não era um casamento, mas sim uma daquelas festas de aniversário bem comemorativas tipo, 70, 80, 90 anos.

A primeira bandeja continha frios: cones de salaminho recheados de roquefort, pirulitos de parma com molho de manga, queijo prato enrolado em vagem e pirulitos de queijo prato com salame italiano. Não gostei de nenhum, mas as pessoas pareceram gostar.

Na segunda bandeja: trouxinhas de camarão, folheados de ameixa e frango com catupiry. Nice! Mal podia esperar pela terceira! Foi quando me desanimei: camarão empanado, camarão com catupiry e bolinhas de queijo. Como detesto camarão, fiquei só com as bolinhas, que, apesar da pobreza do cardápio, estavam uma delícia.


Três bandejas e a degustação havia acabado! Comi apenas duas coisas que me agradaram e achava que os 23 tipos de recheios de crepe não seriam suficientes para agradar o estômago dos meus 150 convidados. Quanto mais dos 380 desta festa. Iriam fazer fila para apanhar um crepe, voltariam para a mesa, levariam cinco segundos para comer, e retornariam para a fila. A festa se resumiria a isso e a friturinhas, que misturadas com álcool, levariam, no final das contas, a três ampolas de Engov e muito gelo. Mas o povo adorou e isso é que importa.

Degustação a parte, a decoração estava divina. Os arranjos de vidro e flores davam um efeito bonito sobre a mesa iluminada. E o bolo estava um sonho. Pena foi botarem ele no meio da pista de dança....

O próximo é o buffet do português, com comidinhas de verdade! Hummmm....